sábado, 15 de março de 2008

"Sê-lo"

Numa altura em que se tolera quase tudo e mais alguma coisa, faz-me confusão o "recuo" do beijo, seja ele com ou sem língua, seja ele de 20 segundos ou de 10 minutos... Faz-me confusão o beijar-se no primeiro encontro e desencontrar-se o beijo a partir do primeiro mês de "convivência assumida". Não sei se é uma questão de moda, se é uma questão de "estilo"... Mas que me faz uma enorme confusão aquele beijo tipo "passe" que acontece "quase" apenas quando os amigos gritam em coro "-Beija! Beija!", lá isso faz-me... E faz-me confusão principalmente por causa daquela parte do "entretanto" em que cada um dos dois vai para (sua) casa a deseja-lo, a pensa-lo, a senti-lo por antecipação... Isto sem esquecer a outra parte; a da efectivação que transporta os personagens como que num efeito "triplo red bull",... pelo menos nas primeiras horas, julgo eu.

Eu não passo sem um beijo, seja ele mais Francês ou Lituano, mas o beijo, quando sentido e não fotografado, é uma espécie de selo de garantia de que continuamos a querer os outros lábios.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Shame on me

Sou daquelas pessoas que, poucas vezes - felizmente, entra em litígio com a sua consciência. Hoje foi um desses dias, tive uma dessas lutas, foi complicado perdoar-me...
A história é demasiado simples e não é virgem para ninguém. Ao encaminhar-me para o carro deparei com o corpo de um gato estendido a uns 50 metros no meio da rua, ainda mexia... Por ele passavam carros que, delicadamente, se iam desviando sem parar... E o gato ali ficou, a morrer, a sofrer, a culpar-me por também nada ter feito.
Lembrei-me de uma outra vez em que passei por cima de um gato e ao olhar pelo retrovisor fiquei feliz por ele se ter levantado e corrido para fora da estrada que atravessara inadvertidamente.
A minha viagem foi feita com "auto-insultos" e "auto-convencimentos"... Quando regressei à mesma rua duas horas depois, o gato lá estava... sem vida. Desviei o carro com delicadeza e voltei a insultar-me, certo porém, que nada poderia ter feito além de tentar fazer.
(o gato não se salvaria dada a forma como se apresentava e o mexer já nada tinha a ver com vida)

terça-feira, 11 de março de 2008

Corrente de Ar


Hoje opto por lançar mais uma polémica que, sublinhe-se, nem sempre condiz com a opinião do "visado" mas facilmente é anexada pela mesma pessoa à "porta do vizinho". Falo da fidelidade e das correntes com que se alinhava o acordo em forma de promessa com validade dúbia.

Obviamente que todos querem ser fieis, todos querem fidelizar... Mas também todos desejam morder a maçã de preferência "oca" - nem que seja por instantes ou em sonho circunstancial. Tudo depende das perspectivas, dos acordos, das responsabilidades e, não menos importante, da lei da "oferta e da procura".

Mas o que mais me incomoda é o não saber usar a balança para "medir" o tamanho das correntes e não se aprender com as "queimadelas" da vida. É que por mais cadeados que se juntem, há sempre uma chave pronta a abrir toda e qualquer fechadura... Bem, aqui alto e pára o Baile, é que se a porta estiver fechada não é preciso fechadura e, por consequência, não há chave que a abra.

É por estas e por outras que o melhor mesmo é não deixar a porta "entreaberta", não vá uma "corrente de ar" matar a "minhoca", seja ela feminina ou masculina.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Talvez

Algumas das pessoas que se dão ao trabalho de passar aqui pelo "Talvez" não reparam no título do Blogue... Há que reparar, ele foi "eleito" com esse intuito, ser o "talvez" daquilo que me vai passando pela mente, sem nunca ser um "sim", um "não" ou um "nim".
Basicamente, o "Talvez" tenta ser uma forma algo humorada de, através das palavras, provocar reacções em quem o lê, sejam elas concordantes ou não... Nesse pressuposto, convém lembrar que o "escritor" também não tem que concordar com a totalidade do que escreve, ele apenas tenta usar as palavras para - também através de alguns exageros, questionar e questionar-se sobre se algo é mais assim ou mais "assado"...
Apesar de assinar tudo o que escrevo, não sublinho ou concordo com todos os termos ou expressões do que aqui vou debitando em forma de provocação. Apenas decido "pintar" o texto com palavras mais "berrantes". Pode parecer uma incoerência mas a isso respondo com um sorridente... Talvez.

terça-feira, 4 de março de 2008

Antigamente

Que "o mundo já não é o que era" é o que mais se ouve ao virar de cada "surpresa social"... E em função da ilustração deste texto, chego à (talvez!) conclusão que uma das razões para o crescente número de relações homossexuais femininas se prende com a necessidade de encontrar um parceiro que, mais do que sexual, seja amigo.
O carinho e os afectos estão em desuso e o homem tenta cada vez mais mostrar ser macho ostracizando qualquer tipo de "bichice". Do outro lado há os que mudam de "armário" e tentam criar um mundo paralelo onde as mulheres são meros figurantes por conveniência.
Obviamente que com esta escrita não quero ir para a discussão das sexualidades mas sim usar uma delas como pretexto para explicar o cada vez mais em voga fenómeno das mulheres solteiras por... "necessidade".
Sei que há desculpas em forma de carreira, em forma de emancipação, liberdade financeira e "diabo a quatro"... Mas, por outro lado, muitas das mulheres "mudam de equipa" não só pelo facto de o homem parecer um animal em vias de extinção mas sim porque nos "passeios a duas" acabam por criar condições e confissões emocionais que dão azo a "abraçar" novos caminhos a dois, neste caso; a duas.
A culpa? Não sei, deve ser nas novelas,... pelo menos é que ouço dizer pelas vozes do "antigamente".